terça-feira, 27 de novembro de 2012

História do Café


O café (Coffea arabica L.) é originário da Etiópia e seu cultivo foi propagado pelos árabes, que consumiam o fruto in natura, e que no século XIV o introduziram na Europa.

A entrada do café no Brasil aconteceu em 1727, pelo oficial português Francisco de Mello Palheta. Ele foi enviado à Guiana Francesa pelo governador do Pará, para resolver problemas de fronteira, mas também para trazer sementes do fruto que tinha grande valor comercial. 

Assim, mudas e sementes de café foram plantadas no Pará e dali, espalhou-se o cultivo para outros Estados, como Bahia, Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. 

Com o declínio das reservas de ouro em Minas Gerais e das crises internacionais do mercado de açúcar, vivemos o ciclo econômico do café no Brasil. 

Até os escravos ajudaram a fazer a história do café no Brasil porque foram os primeiros a trabalhar nas grandes lavouras do Rio, Minas e parte do Estado de São Paulo.
Mas a expansão do cultivo coincidiu com a época da abolição. 

Em troca do apoio à campanha abolicionista, os fazendeiros exigiram o incentivo do governo à vinda de imigrantes europeus para o País para trabalhar na lavoura, como alemães e italianos. 

Hoje, o café é produzido no País principalmente nas cidades de Espírito Santo do Pinhal, Franca e Garça (SP), Guaxupé e Patrocínio (MG), Barreiras (BA), Jaguaré e São Gabriel da Palha (ES), Londrina (PR) e Vilhena (RO). 

Valor nutricional do café
Os estudos que associam cafeína e saúde cardiovascular apontam que o consumo moderado - equivalente a 400-500 mg/dia ou 4 xícaras de café - não é prejudicial à saúde humana. No entanto, já se sabe que o risco de hipertensão é menor entre os que se abstém do consumo de café e que a ingestão superior a 5 copos por dia eleva em 2 mmHg a pressão sistólica e em 1 mmHg a pressão diastólica. 

A cafeína também interfere no mecanismo de absorção de cálcio, em indivíduos com ingestão inferior à recomendada. Tal efeito pode ser contrabalançado pelo aumento o consumo de cálcio.

A ingestão de café está associada a sintomas gastrintestinais, como dispepsia e refluxo. Isto porque aumenta a secreção ácida no estômago e sensibiliza a mucosa. Além disso, o café tem ação inibitória sobre a absorção de ferro: a ingestão simultânea ou posterior à refeição reduz em 40% a absorção do nutriente.

A infusão de café quando preparado sem açúcar, não contém calorias. A composição química do grão de café inclui pequenas quantidades de minerais, como potássio, magnésio, sódio, além de aminoácidos e carboidratos (frutose, maltose e polissacarídeos, etc.).

O café é considerado alimento funcional devido à presença de grande quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos que, durante a torra dos grãos, formam quinídeos, compostos bioativos, com efeito citoprotetor e que exercem papel positivo no controle da depressão. É também durante a torra que se formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café.


Nutricionista City Posto
Eliana Campos Silva
CRN 12732

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