terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dando abertura ao novo


Para os que são nascidos em Franca ou para os que já moram aqui há uns vinte anos, é bem nítida a mudança ocorrida não somente na estrutura da cidade como no comportamento do cidadão francano.

As ruas estreitas e acanhadas hoje dão lugar a várias avenidas que interligam os bairros e facilitam o trânsito, porém essas avenidas muitas vezes ainda são insuficientes diante do aumento de veículos nas ruas.

Os viadutos passam a ser criados como alternativa de fluxo em um momento em que a cidade pede licença e se expande rapidamente.

Várias empresas se instalaram aqui neste período, dando emprego e sustento a muitas pessoas que deixaram suas cidades de origem e vieram à Franca em busca de seus sonhos.

Saímos hoje às ruas e já não conhecemos tantas pessoas como no passado. Rostos desconhecidos são a maioria dentre alguns que nos povoam a lembrança.

Franca outrora tão pacata – podia-se voltar a pé dos bailes da AEC, quantas boas lembranças!

Hoje sentimos saudades dos bons passeios na Praça Barão, adoçados pelo sorvete do Sr. Afonso ou pelo suco do TIP. Saudades também de amigos queridos que, como outros que aqui chegaram, também chegaram noutro “porto”.

Assim como em nossa cidade o novo encontrou espaço, o cidadão francano também teve que se adequar a novos desafios. O crescimento profissional teve que ser aperfeiçoado através de graduações e cursos técnicos que por aqui também chegaram.

Quando o sistema muda, tudo o que nele está inserido sofre alterações e essas mudanças, a princípio, podem trazer desconforto. No entanto, estamos a todo instante em constante mudança e é preciso sempre olhá-las de forma positiva, como crescimento pessoal e não como entrave que nos aprisiona em nós mesmos.

Se soubermos nos posicionar diante das mudanças que nos envolvem, mesmo com a ajuda de um profissional, com certeza sairemos muito mais fortalecidos e capazes para continuar a caminhada do aprimoramento pessoal. Precisamos tirar proveito do passado, sem com isso estarmos fechados para o novo que se anuncia a todo momento.

Assim como “tomar água da careta” na cidade de Franca, ser feliz é não fazer “careta para a própria vida” que se impõe diante de nós. 

Dra. Sílvia Catin
OAB/SP 172.238
Pós-graduanda em Terapia Familiar – UNIFESP
Especialista em Terapia de Luto


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