quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Lordose, Escoliose e Cifose: Tratamento da dor e das alterações posturais

A coluna vertebral possui algumas curvaturas que são normais, o aumento, acentuação ou diminuição destas curvaturas podem representar doenças e precisam ser tratadas. 
As causas e agravantes destas situações são as condições de trabalho, o manuseio, levantamento e carregamento de cargas excessivamente pesadas, a manutenção de posturas incorretas por muito tempo, as causas psicossomáticas e a fadiga muscular. 
Muitos casos de dor nas costas podem ser provocados por tensões nos músculos e ligamentos que sustentam a espinha dorsal. Trabalhos e estilos de vida sedentários predispõem a este tipo de tensão. A obesidade - que sobrecarrega o peso sobre a coluna vertebral e pressiona os discos -, é outro fator desencadeante. 
Com o passar dos anos, vamos submetendo a nossa coluna a uma série de posturas inadequadas, impactos e esforços feitos sem nenhum cuidado.
Gestos como andar, sentar e até mesmo dirigir o carro podem representar a diferença de uma coluna saudável ou não. Muitos danos podem ocorrer se você insistir numa postura errada. Quanto antes forem corrigidos e trabalhados, mais fácil fica eliminar os vícios posturais.
As inadequações posturais causadas por fatores externos e internos geram as alterações posturais: aumento ou diminuição da lordose e cifose e a escoliose.
A hiperlordose da coluna lombar, está associada em alguns casos à questão da diminuição do metabolismo e em alterações da função intestinal, decorrente de uma fraqueza abdominal que faz com que as vísceras intestinais se desloquem para a frente, aumentando a curvatura lombar, dificultando o trânsito intestinal e diminuição da circulação para o fígado deixando o metabolismo mais lento, o que justifica a situação na qual, mesmo fazendo atividades físicas e reeducação alimentar, o indivíduo não consegue perder peso.
Já a escoliose, ocasionada pela rotação das vértebras, acarreta o estiramento do tecido interno. Tendo maior predominância na região toráxica, esse estiramento pode levar à alterações nas funções gástricas como o refluxo e esofagite. Em casos de escolioses mais graves, podemos encontrar alterações pulmonares devido ao desvio apresentado na coluna, gerando um processo de compressão e distensão dos pulmões. 
A hipercifose dorsal causada pelo aumento da curvatura da região toráxica leva à um estiramento das estruturas posteriores da coluna e uma retração das estruturas anteriores (desequilíbrio muscular), favorecendo à processos degenerativos nessa região como artrose e bicos de papagaio.
O tratamento consiste em duas linhas de ação: a primeira é devolver a mobilidade em todas as estruturas da coluna, reequilibrar e regularizar as estruturas internas do organismo e otimizar a vascularização das vísceras. Já a segunda, consiste no processo de conscientização do paciente relativo à manutenção de uma postura adequada até que o próprio organismo adquira a consciência corporal necessária para manter essa postura. 
Outro fator importante a ser lembrado quanto às alterações posturais é que o tratamento favorece na estética corporal, oportunizando o desenvolvimento da postura elegante.
O Osteopata possui conhecimentos profundos em várias áreas das ciências médicas, para poder fazer um diagnóstico diferencial e conhecer as contra-indicações, não fazendo uso de medicação ou intervenções invasivas. No tratamento Osteopático podem ser abordadas áreas como a nutrição, ergonomia ou exercícios específicos, análise de diagnósticos por imagem, farmacologia e deve existir um relacionamento proativo com médicos, frequentemente com Reumatologistas, Neurocirurgiões e Ortopedistas.

Dr. Eduardo Maníglia
Especialista em Coluna


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